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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Qual samba é baiano?


Incomoda-me em ouvir sambistas baianos tocando um repertório exclusivamente de grupos e artistas do Rio de Janeiro e São Paulo, nada contra a estes renomados, porem questiono: Faltam compositores baianos para o samba? Não, não falta.

Sabádo passado, conversei in-loco com um afro descendente assim como eu, porem oriundo do Estado de São Paulo, estávamos a ouvir o grupo “Nosso Ritmo”, do organizado Jorge, lá no espaço Nilton Cesar, no Garcia, conversávamos sobre vários temas pertinentes a música, quando o Rafael ficou espantado em saber que o Nelson Rufino é um compositor baiano, Porque será o espanto?

Penso que faltam aos grupos de samba baianos, personalidade, repertórios e arranjos próprios e a parte mais difícil que é reeducar o publico para aceitar e gostar do samba baiano, sambas de rodas e chulas.

Temos vários compositores conhecidos, a exemplo de: Roque Ferreira, Ederaldo Gentil, Batatinha, Edil Pacheco, e inúmeros desconhecidos, ausentes na mídia.

Vejo uma mesmice dos grupos, o que não me motiva a ouvi-los, tocando músicas dos nosso compositores, apenas quando as mesmas passam pelo o aval de Zeca Pagodinho e trupe.

O que falta para que o público do samba baiano e os seus grupos, ouçam, comentem e toquem suas raízes? Músicas desprendidas dos repertórios dos “Exalta sambas, Revelações e demais”.

O samba agoniza na Bahia, quando não esta “enfiado” nas letras sofríveis, repetem-se como um padrão robótico, nos grupos de partido alto, que tocam a "mesma nota" e só mudam o nome.